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segunda-feira, 14 de outubro de 2013


O romantismo de se ensinar

          Semana passada, li um bom artigo da escritora Lia Luft para a revista Veja n0 41 da edição 2342, no qual demonstrava sua indignação com a mediocridade da educação brasileira nos dias de hoje.  Claro, quando você pensa em mediocridade na educação, vem à ponta da língua: educação pública.  Mas no tão realista e claro artigo, a escritora, que também esteve tantos anos em salas de aula, convida-nos a pensar sobre o que todos já estão vivenciando e deixando passar despercebido, que é o que chamo de inversão de prioridades. Nessa inversão, o foco da escola passa a ser, a priori, um espaço de socialização, lazer, namoro, passatempo, para depois ser lugar de estudo. E aí, cabem também as escolas privadas.
          A geração dos celulares com múltiplas funções e aplicativos – e, que coisa, telefonar mesmo é o que menos se faz! – tem nesses aparelhos um mundo de informações via satélite. No contraponto disso, o aproveitamento dessas informações é pífio para seu crescimento intelectual, uma vez que se tem apenas o trabalho de busca-las, mas não de pensar, de criticar, comparar. E vemos uma sociedade copista, que apenas reproduz conceitos e modismos, sem nem saber por quê.
          São já comuns as brincadeiras em redes sociais com pessoas que postam mensagens cujo cuidado gramatical é totalmente ignorado. Mensagens despreocupadas com as regras da língua escrita, sem a mínima ideia de que se está abandonando um dos maiores tesouros da nossa cultura, o nosso idioma. E o pior disso, é que esse abandono não é proposital, é por não saberem escrever mesmo. Imagine você, que centenas de alunos do ensino médio não conseguem escrever suas ideias numa página de caderno. Não têm noção da estrutura de um texto, pontuação, vocabulário, letra maiúscula! E digo mais, essa população de alunos chega a concluir o ensino médio e a entrar para a faculdade. Aí, a discussão é sobre os sistemas de ensino e critérios de aprovação.
          No processo em que Lia Luft aponta como “antieducação”, destacam-se ainda a indisciplina e a falta de apoio das famílias. Alunos que desacatam livremente seus professores, não trazem de casa nenhum princípio ou exemplo de respeito, hierarquia, ética. O descaso, portanto, vai além do ensino público. É geral, percebido por qualquer um que visite uma escola hoje. E nesse meio caótico, nós, professores, passamos mais tempo apartando brigas, chamando a atenção dos alunos, sendo agredidos verbalmente, lutando contra os celulares com músicas altas, gritarias, do que dando aula.

          Pois é. Ensinar deixou de ser romântico. Enquanto isso, pais mais preocupados com o capítulo da novela, com o resultado do futebol e ganhar dinheiro para o conforto do lar, não têm tempo para ouvir as lamúrias dos professores, pois a estes cabe mesmo é manter as crianças ocupadas até tocar o sinal da saída.

Professor Guilherme.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Revisando Clarice Lispector: CEST, 3o ano

Sobre Clarice Lispector

A contribuição da obra de Clarice Lispector na Literatura Brasileira está, sobretudo na produção de um romance introspectivo, raridade entre nossa produção literária. Para compreender sua produção literária, é necessário do leitor um preparo psicológico, já que um primeiro contato com a obra causa um estranhamento no leitor; superada essa primeira etapa, é possível reconhecer sua escrita indefinível, uma mistura de prosa, confissão, discursos internos e poesia.
Lispector escrevia para ficar livre de si mesma, para compreender a alma humana. Para ela, escolher a própria máscara é o primeiro gesto humano e solitário. Com uma personalidade intrigante, reconhecia o valor do mistério, do silêncio. Numa última entrevista concedida à determinada rede de TV, ela diz: “Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso”.

Fonte: http://www.infoescola.com

A seguir, dois vídeos garimpados da Internet.
No primeiro, uma reportagem: Beth Goulart apresenta o monólogo Simplesmente Eu, Clarice Lispector. A atriz fez a adaptação dos textos da escritora para a montagem e também assina a direção do espetáculo. 


Neste segundo vídeo, uma animação bem legal para "Perto do coração selvagem".





Quinhentismo e Barroco: CEST 1o ano

Barroco: a arte do conflito

      O Barroco foi a primeira escola literária que surgiu no Brasil, mesmo assim não deve ser considerado o início da literatura brasileira. Os textos encontrados no Brasil até o ano de 1600 são históricos (cartas, documentos, tratados e peças de catequese), os quais chamados de literatura informativa.
      No século XVII, o ser humano vive em conflito, atormentado por dúvidas existenciais, dividido entre uma postura racional e humanista e uma existência assombrada pela culpa religiosa. 
      Observe, por exemplo, a tela “O enterro do Conde de Orgaz”, de El Greco.


       Elementos como a presença de Jesus na parte central superior e logo abaixo Nossa Senhora observando um anjo que conduz uma criança – metaforicamente a alma do senhor Orgaz – sugerem tratar-se de uma pintura religiosa.
       Perceba também que há duas dimensões: uma terrestre, onde predomina o escuro, adequada para uma cena fúnebre, e outra celestial, com cores mais fortes e com uma luminosidade que emana da figura de Jesus. A presença do estilo barroco nesse jogo de contrastes é marcante. 
           A seguir, indico um vídeo bem legal para o aluno que quer revisar a matéria: https://www.youtube.com/watch?v=PYILDWC_PSI
Um abraço!
Professor Guilherme.






segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Exercícios complementares sexto ano

Olá!
Trago aqui umas atividades complementares para você que é do sexto ano.  Pode copiar no caderno ou então copiar em World (peça ajuda a alguém) e imprimir. O importante é exercitar!

1)Substitua as expressões em destaque, pelos pronomes oblíquos correspondentes a cada pessoa gramatical, fazendo a construção correta da frase:
1. Eu esqueci eu mesmo do caderno. _____________________________
2. Irei com tu ao cinema. ________________________________________
3. Eu cuidarei de tu, minha filha! __________________________________
4. Eu devolverei o livro para ele. __________________________________
5. Ele levou a mala. ____________________________________________
6. Não reconheci ela. ___________________________________________
7. Trouxeste este presente para eu? _______________________________
8. Eu não encontrei ele, porque já havia saído. _______________________
9. Nós vimos João no cinema. ____________________________________
10. Você resolveu aqueles problemas? ____________________________

2) Preencha as lacunas com um dos pronomes oblíquos: me, mim, comigo, te, ti, contigo.
1. Você sairá _________________?
2. Eu não ____________ lembrei da prova.
3. Este presente é para __________?
4. Entregue _________ o livro amanhã.
5. O professor _________ explicará melhor a lição.
6. Recorrerei a ________ sempre que eu precisar.
7. Iremos _____________ à missa.
8. Minha filha, sempre penso em _______.

3) 



segunda-feira, 17 de junho de 2013

Bienal 2013

       
                                     Por que ir à Bienal do Livro 2013?

      "Uma casa sem livros é como um corpo sem alma." Tal citação atribui-se ao filósofo, orador e grande estilista da prosa, o romano Marcus Cícero. O livro, que, ao longo de gerações, é sinônimo de bem cultural, portador das ideias – como a Enciclopédia Francesa, no século XVIII, a “Internet” da época – é, periodicamente, trazido ao posto de destaque entre estudantes, pensadores, professores e apreciadores, por meio da Bienal.
      Neste ano, não diferente, nossa escola tem a pretensão e a responsabilidade de dar ao educando o contato com o evento, na busca por avivar a potencialidade dos nossos jovens leitores e futuros formadores de opinião. Desenvolvemos projetos pedagógicos com adoção de livros infanto-juvenis, de caracteres didáticos, morais e artísticos, sempre incentivando o prazer pelo consumo de obras enriquecedoras que provoquem a construção do cidadão do século XXI.
      Tão logo esse contato seja atendido, dar-se-á, por parte da equipe docente, toda uma movimentação e organização, desde a construção da conscientização sobre a importância do livro na história intelectual da humanidade, até o estágio em que os alunos estejam também, além de lendo, elaborando suas próprias obras literárias.
      A visitação, portanto, atende à demanda da nossa comunidade por essas obras, e estamos ansiosamente aguardando tal evento onde, certamente, será o clímax, o momento máximo em que convergem todos os planejamentos interdisciplinares deste ano.
       

      Professor Guilherme.

domingo, 9 de junho de 2013

Caça-palavras

Você já brincou de caça-palavras?


O jogo de caça-palavras, ou sopa de letras, é um passatempo que consiste de letras arranjadas aparentemente aleatórias em uma grade quadrada ou retangular. O objetivo do jogo é encontrar e circundar as palavras escondidas na grade tão rapidamente quanto possível. As palavras podem estar escondidas verticalmente, horizontalmente ou diagonalmente dentro da grade. As palavras são arranjadas normalmente de modo que possam ser lidas da esquerda para a direita ou de cima para baixo, sendo que em passatempos de maior dificuldade também pode ocorrer o oposto.


Para brincar, clique no link abaixo e divirta-se!

http://coquetel.uol.com.br/jogar_infantil.php?id=29325



sexta-feira, 31 de maio de 2013

Os Sumérios e o Velho Testamento: Mistérios.


  

Os sumérios podem ter originado as histórias de Noé, Moisés, Adão e Eva


Ao ler a história do povo sumério, qualquer pessoa criada dentro de círculos cristãos terá aquela sensação de "já vi algo parecido em algum lugar”. E viu mesmo, na Bíblia. Diversas histórias encontradas no Antigo Testamento já estavam registradas em cuneiforme nas tábuas de argila sumérias. Um exemplo é a criação do homem feito de barro por Deus e a narrativa do pecado original. No Museu Britânico, há um selo com essa representação datado de meados do século 3 a.C. A figura mostra uma árvore (que seria a macieira) entre um homem, uma mulher e uma cobra, animal abundante nas áreas alagadiças e lamacentas da Suméria. O rei Sargão também pode ter sido citado na Bíblia. Mas com outro nome: Moisés. Como o rei dos hebreus, Sargão teria sido concebido em segredo, jogado nas águas do Eufrates em um cesto quando bebê e achado por uma família. Mas as citações mais comprovadas são em relação ao dilúvio.
A lenda sobre ele pode ter se originado em uma grande cheia dos rios Tigre e Eufrates, no quarto milênio antes de Cristo. A cheia teria sido provocada por uma tempestade de proporções nunca vistas e agravada pelo avanço do mar sobre o litoral. Na época, as águas do oceano entravam no golfo Pérsico cerca de 230 quilômetros a mais que nos dias de hoje. Os contornos do litoral também foram alterados pelas tempestades de areia e pelo assoreamento da região. Além disso, foram encontrados vestígios petrificados de acúmulos de lama de 3 metros de espessura em altitudes acima do nível do mar e dos principais rios. A Lista Real Suméria, um texto que enumera as várias dinastias desde o início dos tempos, faz menção às realezas anteriores e posteriores ao dilúvio, O relato dessa lista se assemelha ao texto bíblico. “Um deus resolve salvar a humanidade do dilúvio, escolhendo um eleito a quem dá instruções para construir um barco, onde devem ser colocados sua família, os bens e os animais.”
Marduk (que relaciona-se a Yahweh para os hebreus), protagonista na Criação, aparece-nos também ligado aos zigurates – as célebres torres babilônicas, a mais conhecida delas sendo a de Babel. Eram enormes torres cilíndricas em geral de sete andares, cujo diâmetro diminuía com a altura e eram a base essencial do templo.
A menção que se faz na Bíblia, no Gênesis (XI, 1-9) da torre de Babel, refere-se segundo alguns autores, ao zigurate de Etemenanki (o termo significa "casa", fundamento do céu e da terra), pertencente ao templo de Marduk, em Esagil, na Babilônia.

Faça-se a luz!

As leis e regras dos sumérios eram designadas por me. Havia me para regular a sociedade, para a produção e tarefas várias. Os me eram escritos em placas de argila. Nos mitos observamos que para os sumérios Enki (pai de Marduk) era tido como um criador, o Criador, ao proferir, pelo ato de dizer. Dar o nome é criar a coisa. Onde é que já vimos isto? O livro do Gênesis tem decerto aqui outras raízes...!

A transcrição

A escola deuteronômica tenta encorpar as atitudes mais nacionalistas e patrióticas nas escrituras (pureza, higiene informacional histórica), reescrevendo e reorganizando os antigos contos e incentivando a sua replicação. Manipulando.
O significado de Deuteronômicos, acrescente-se, é o daqueles que elaboram as cópias, as replicações, as segundas vias dos textos sagrados. Foram eles os responsáveis pela autoria dos livros Deuteronômio, Joshua, Juízes, Samuel e Reis – além da revisão dos livros anteriores desde o Gênesis.
Essa gente era nacionalista, monárquica, centralizadora. Funcionaram como uma ala avançada dos fariseus, a classe mais tradicional da sociedade hebraica.

Mistérios bíblicos nos textos sumérios

Basicamente, o legado do conhecimento sumério revela que a Terra, teve origem através da colisão de dois gigantescos corpos celestes, Nibiru e Tiamat. Os escritos afirmam que Nibiru, um planeta avermelhado (Que já foi avistado pela NASA e atualmente vem sendo chamado de “planeta X”) foi desviado de um sistema binário, há milhões de anos, e capturado pela gravidade do nosso Sol.
As placas sumérias têm informações precisas sobre os planetas do sistema solar. O mais impressionante são os dados sobre Plutão (planeta que só foi descoberto em 1930). Eles sabiam o tamanho de Plutão, sua composição química e orgânica e afirmavam que Plutão era na verdade um satélite de Saturno que se “desprendeu” e ganhou uma nova órbita. Eles chamavam a Lua de pote de chumbo e diziam que seu núcleo era uma ‘cabaça’ de ferro. Durante o programa Apolo, a NASA confirmou esses dados… Esse conhecimento seria possível há 3.000 anos? 

Segundo os sumérios, uma raça de extraterrestres chamada Anunnaki (Os Do Céu Que estão Na Terra), que mais tarde foram chamados de Elohim (Senhores do Céu) eram humanóides gigantes vindos do planeta Nibiru e que devido à problemas no seu ecossistema, decidiram iniciar um processo de colonização no nosso planeta, por volta de 450 mil anos atrás. Eles fizeram experiências genéticas, criaram seres híbridos gigantes, os chamados nefilins, anakins, refains ou titãs.  O fato é que em alguns milênios eles acabaram organizando os homens em centros urbanos e os instruíam em todos os seguimentos possíveis, gerando então poderosas civilizações.

O Dilúvio

  Porém, em certo momento as relações entre homens e Anunnaki ficaram comprometidas por ódios e paixões, levando-os a toda sorte de comportamentos bizarros, que se agravavam mais ainda pela aproximação do planeta gigante Nibiru, que já estava causando terríveis mudanças no clima agradável do planeta e logo os flagelos naturais somados às perturbações sociais, causaram a deterioração moral daquela sociedade híbrida.

“Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente. Então o Senhor se arrependeu de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. E disse o Senhor: Destruirei da face da terra o homem que criei, tanto o homem como o animal, os répteis e as aves do céu; porque me arrependo de os haver feito.” Gênesis

Inconformado e temendo pela sua obra, ENKI (Senhor da Terra, o Cientista) designou, secretamente, um homem, de nome sumério ZIUSUDRA (Noé ou Noah, em hebraico), para reunir grupos de humanos e espécies de animais diferentes, que seriam salvas das inundações do planeta causadas pelo deslocamento dos polos, devido à aproximação de Nibiru, em uma nave submarina submergível desenvolvida por ele, para essa finalidade. ENKI elaborou ocultamente um plano de sobrevivência para os seres selecionados por ZIUSUDRA, pois não ousava desafiar seu pai ANU, nem as hierarquias de Nibiru. Sem tomar conhecimento do seu plano, os Anunnaki evacuaram a Terra e de suas naves estacionadas na órbita do planeta, observaram o desastre e se entristeceram, sofrendo pela destruição daquela grandiosa obra e amargurados por terem abandonado os humanos ao terrível cataclismo. Com a passagem de Nibiru, duros tempos se iniciaram na Terra.




Acima: escavações recentes feitas na Ásia e Oriente Médio revelaram fósseis que hoje estão sob a guarda das forças armadas da Arábia Saudita. 

Saiba mais

Ensaios Babilônicos – Sociedade, Economia e Cultura na Babilônia Pré-cristã, Emanuel Bouzon, Edipucrs, Porto Alegre 1998
Mesopotâmia, Historia, Política, Economia y Cultural, Georges Roux, Ed. Akal Universitária, 1990, Madrid
Dos Sumérios a Babel – A Mesopotâmia, História, Civilização e Cultura, Federico Arborio Mella, Ed. Hemus, 1999.
A Vida Quotidiano dos Hebreus no Tempo da Bíblia, de André Chouraqui
A Religião e o Profano: A Essência das Religiões, Mircea Eliade