O PÓ, O CASCALHO E O OURO
Por: Guilherme Bonotto
Às vezes, a internet assemelha-se àquele
baú que havia em casa de minha avó. Nele, muitas lembranças – umas prazerosas,
muitas fúteis – são guardadas, vindo à tona somente naqueles dias de faxina
geral. E foi assim, distraidamente, que encontrei algumas recordações de
décadas que, verdade, umas nem vivi.
De passagem por um sítio de vídeos,
encontrei, e não pude deixar de fazer download,
comerciais de TV das décadas de 50, 60 e 70. Imediatamente, lembrei-me de que
estou trabalhando com meus alunos do fundamental a "redação publicitária". Nós,
que estamos acostumados a comerciais que exploram o máximo do recurso
imagético, ilustrativo, a sensibilidade visual com jogos semânticos
intertextuais, esquecemo-nos um pouco do texto em si, da persuasão por meio de
palavras, do verbo. De fato, no “princípio era o verbo!”. Herança do rádio, os
comerciais eram basicamente falados, apenas mostrava-se o produto e sua
utilização, mas era o verbo quem sustentava o argumento. Nesta semana, exibirei
algumas pérolas para a turma, e veremos a reação que vai dar.
Para o ensino médio neste segundo
bimestre, mostrarei uma polêmica crônica do jornalista Gilberto Dimenstein,
publicada nesses dias no sítio da Folha de S. Paulo, intitulada “O milagre da
educação”. Polêmica porque ele diz que “as novas tecnologias ajudam as pessoas,
especialmente sem recursos, a ficar mais educadas”. E felicita-se por concluir
que “quanto mais esses recursos forem disseminados, mais anos vamos ganhar em
nossa educação, onde faltam professores de qualidade, especialmente na rede
pública.” Imediatamente, dezenas de internautas manifestaram-se contra a ideia,
argumentando que, no Brasil, a educação pela Internet ainda está distante da
nossa cultura, uma vez que milhares de adolescentes usam a Rede em busca de
relacionamentos, fofocas, jogos e “bate papo”. Além disso, a colocação de que
“faltam professores de qualidade na rede pública” é infeliz por ser
generalizante.
Mais sólido foi o artigo “O texto na era
digital”, de Edgar Murano, e estará presente em uma das provas do ensino médio.
Em passagem, ele diz que “[...] Hoje, com mais de 37 milhões de usuários de
internet só no Brasil, essa tradição de escrita parece mais viva do que nunca,
impulsionada por novas tecnologias e amplificada pela comunicação em rede. Não
é exagero afirmar que e-mails, blogs e redes de relacionamento já
deixaram sua marca na produção textual contemporânea.” Este sim, parece mais
fundamentado. Mas não estou aqui para desprezar um em detrimento de outro. É
justamente na análise, na crítica e na comparação dos argumentos que crescemos
como formadores de opinião.
Pois então, continuo cauto garimpeiro
desse espaço virtual, extraindo do aluvião o pó, o cascalho e o ouro.
Olá professor li o seu texto e concordo com você a sua visão esta batendo com a minha realmente a internet esta sendo mal usada mas eu acho que a visão de um escritor esta um pouco deturbada em relação ao estudo na rede publica uma vez que os alunos na maioria das vezes levam na sacanagem o professor quer dar a matéria mas o aluno não colabora não capta a mensagem passada não não se interessa em guardar para si só pega aquilo faz aprova e cabo ai quando vai fazer uma prova fora do ambiente escolar por exemplo enem ou outro tipo de prova para concurso e sai mal fala que o professor e ruim que ele não ensino e tal (claro existe também professor que pula materia e tudo mais so que não e por causa de alguns professores que a rede publica de ensino seja ruim e de baixa qualidade as vezes o professor ate tem a boa vontade de dar aula mas o aluno não colabora da nisso gera uma má impressão do ensino publico no pais
ResponderExcluirabraços de Guilherme pra Guilherme aguardo mais postagens deixo agora o meu blog: http://animestecnologia.blogspot.com.br/ espero que algum dos assuntos que eu trate no meu blog seja de seu interesse XD tenha uma boa noite e uma boa semana