SIMBOLISMO - folha de atividades
Turmas 2008, 2009, 2010.
C.
E. PROF. MURILO BRAGA
Aula de Literatura
Professor Guilherme.
A E I O U
Manhã
de primavera. Quem não pensa
Em doce
amor, e quem não amará?
Começa
a vida. A luz do céu é imensa...
A
adolescência é toda sonhos. A.
O luar
erra nas almas. Continua
O mesmo
sonho de oiro, a mesma fé.
Olhos
que vemos sob a luz da lua...
A
mocidade é toda lírios. E.
Descamba
o sol nas púrpuras do ocaso.
As
rosas morrem. Como é triste aqui!
O fado
incerto, os vendavais do acaso...
Marulha
o pranto pelas faces. I.
A noite
tomba. O outono chega. As flores
Penderam
murchas. Tudo, tudo é pó.
Não
mais beijos de amor, não mais amores...
Ó sons
de sinos a finados! O.
Abre-se
a cova. Lutulenta e lenta,
A morte
vem. Consoladora és tu!
Sudários
rotos na mansão poeirenta...
Crânios
e tíbias de defunto. U.
in:
GUIMARAENS, Alphonsus de. Obra Completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1960, p. 506.
1.
No poema A E I O U, as vogais que encerram cada uma das cinco estrofes são
utilizadas não apenas para efeito de rima, mas para assumir valores simbólicos
em relação às fases da vida do homem descritas em cada estrofe. Que estágios da
vida são esses?
2.
Além das vogais, a que outros elementos algumas das fases da vida estão associadas?
Justifique com trechos do texto.
3.
Nas três ultimas estrofes o “tom” do poema se altera. Explique em que consiste
essa alteração.
4.
Que palavras ou expressões são utilizadas para simbolizar essa mudança nas três
ultimas estrofes?
5.
Leia os seguintes versos:
Mais
claro e fino do que as finas pratas
O
som da tua voz deliciava...
Na
dolência velada das sonatas
Como
um perfume a tudo perfumava.
Era
um som feito luz, eram volatas
Em
lânguida espiral que iluminava,
Brancas
sonoridades de cascatas...
Tanta
harmonia melancolizava.
(SOUZA,
Cruz e. “Cristais”, in Obras completas.Rio de
Janeiro:
Nova Aguilar, 1995, p. 86.)
Assinale
a alternativa que reúne as características simbolistas no texto:
a)
Sinestesia, aliteração, sugestão.
b)
Clareza, perfeição formal, objetividade.
c)
Aliteração, objetividade, ritmo constante.
d)
Perfeição formal, clareza, sinestesia.
e)
Perfeição formal, objetividade, sinestesia.
6. "Violões que choram" representa uma das criações de Cruz e Souza. Faça uma analise de suas figuras de linguagens e comente alguns versos.
Ah!
plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços
ao luar, choros ao vento...
Tristes
perfis, os mais vagos contornos,
Bocas
murmurejantes de lamento.
Noites
de além, remotas, que eu recordo,
Noites
da solidão, noites remotas
Que
nos azuis da Fantasia bordo,
Vou
constelando de visões ignotas.
Sutis
palpitações a luz da lua,
Anseio
dos momentos mais saudosos,
Quando
lá choram na deserta rua
As
cordas vivas dos violões chorosos.
Quando
os sons dos violões vão soluçando,
Quando
os sons dos violões nas cordas gemem,
E
vão dilacerando e deliciando,
Rasgando
as almas que nas sombras tremem.
Harmonias
que pungem, que laceram,
Dedos
Nervosos e ágeis que percorrem
Cordas
e um mundo de dolências geram,
Gemidos,
prantos, que no espaço morrem...
E
sons soturnos, suspiradas mágoas,
Mágoas
amargas e melancolias,
No
sussurro monótono das águas,
Noturnamente,
entre ramagens frias.
Vozes
veladas, veludosas vozes,
Volúpias
dos violões, vozes veladas,
Vagam
nos velhos vórtices velozes
Dos
ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
[...]
Preciso muito das respostas tem como vc me ajudar
ResponderExcluirOlá, Alex, tudo bem?
ExcluirSeguem as respostas:
1) as 5 vogais estão apontando para a adolescência, mocidade, maturidade, velhice e morte.
2) Adolescência é manhã de primavera, luz.
Mocidade são os sonhos sob a luz da lua.
A fase adulta está relacionado ao por do sol.
A velhice está nas palavras noite, outono, pó.
A morte fica evidente na palavra cova, e também no último verso.
3) Nas 3 últimas estrofes a vida perde a luz e o brilho que tinham, a maturidade chega como o ocaso ( que significa entardecer) e dali em diante tomam conta as expressões que prenunciam o fim da vida, como a morte das rosas e a chegada triste do fado (destino) trazendo o pranto.
4) ocaso, outono e morte. há outras palavras e expressões que também podem ser usadas.
5) letra D
6) O eu-lírico está se lembrando de uma noite especial em que ele passou ouvindo "violões que choram" (prosopopeia), e narra as boas sensações de ouvir um som "feito de luz" e que "perfumava" (sinestesia). nas duas últimas estrofes, o eu-lírico brinca com o som das palavras, causando aliterações para se aproximar do som do violão.
Alex, essas são minhas respostas assim rapidamente de cabeça, mas se você quiser se aprofundar e melhorá-las, vá em frente! boa aula!
Muito obrigado vc me ajudou muito
ExcluirMuito obrigado vc me ajudou muito
ExcluirObrigado.
ResponderExcluirMuito obrigado, me ajudou de mais!
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