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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dica de redação


ALGUÉM ENTENDEU?


    Quando corrijo provas de redação, percebo que o aluno está mais preocupado em preencher as linhas do que com a forma que escreve.        
    A menos que tenha muita segurança no que está dizendo, o aluno deve evitar períodos longos demais. Muitas informações em um só período quase sempre resulta em falta de clareza e ambiguidade.

Exemplo:
                          
"É segundo esta noção de projeto que vamos, a partir desta visão humanista da problemática urbana - sem deixar de levar em consideração as nossas condições de país de formação colonial - analisar os projetos de cidade expressos nos trabalhos de diversos órgãos federais."

Correção: Vamos analisar os projetos expressos nos trabalhos de diversos órgãos federais a partir de uma visão humanista da problemática urbana. 

Evite, também, frases muito curtas, estrutura incompleta. Isso ocorre quando você se desconcentra.

Exemplo:

"Agora, época de eleição, a população cansada de enriquecer políticos, sem escolha de partido." (Redação de aluno) 
Comentário: o trecho acima não foi concluído pelo aluno, dessa forma, a estrutura do período tornou-se incompleta.

Correção: Agora, época de eleição, a população cansada de enriquecer políticos, sem escolha de partido, fica à mercê de discursos moralistas que visam formar a opinião pública segundo os seus interesses. 

Fica a dica desta semana: Releia o que você escreve. Ponha-se no lugar do seu leitor. Veja se o parágrafo está claro, se a ideia está completa no período.
Grande abraço!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Menino, desligue esse celular!



                               Celular: o vilão da aula

      Nas reuniões de pais, sempre é lembrada a proibição do uso de celulares indevidamente na sala de aula. Mas aí, cada pai pensa “meu filho não faz isso, portanto, esse recado não é pra mim”. O chato é que, numa sala de 30 alunos, por exemplo, se você atentar sem fazer alarme, perceberá que uns 25 estarão fazendo uso do aparelho para jogar, acessar “facebook”, passar mensagem, assistir vídeos, ouvir música, etc. Nós, professores, paramos a explicação. Advertimos verbalmente, mandamos retirar os fones dos ouvidos e guardar os belos e coloridos brinquedinhos. Numa relação legal, os jovens os guardam. Passam uns 10 minutos, o professor escreve algo no quadro ou faz atendimento a alguém na sua mesa e... lá estão os 25 de novo usando os celulares!
      Sabemos o quanto é tentador usar essa pequena caixinha de variedades. Ainda mais que hoje os chips permitem acesso barato à internet. Numa competição com o conteúdo da aula, nós, professores, perdemos de goleada. Até uma aula por mais dinâmica, interativa, não há quem não esteja com uma musiquinha no ouvido.
      Jovens, vamos dar valor a cada instante das aulas. São momentos que não voltam, acredite. Quando o professor pede para que guarde o celular, é porque ele gosta de você. Caso contrário, não estaria nem ligando para se você está aprendendo ou não.
Grande abraço! 
Professor Guilherme.


sábado, 1 de setembro de 2012


TESTE DE CONHECIMENTOS PARA AS TURMAS 2010 E 2011
Copie ou imprima o teste abaixo, responda e entregue-o até o dia 15 de setembro. Coloque seu nome e turma.

1. Compare estas duas afirmações: (1 pt)
 - É do conhecimento de todos que as poucas leis brasileiras sobre crimes ambientais não funcionam.
 - É do conhecimento de todos que poucas leis brasileiras sobre crimes ambientais não funcionam.

Existe diferença de sentido entre elas? Justifique.

2. Compare as frases a seguir e explique a diferença de significado entre elas. (1 pt)
- O menino come sempre toda a comida.
- O menino come sempre toda comida.

3. Dadas as sentenças: (0,5 pt)

I – Tudo ocorreu as mil maravilhas.
II – Caminhamos rente a parede.
III – Aproveite: camisetas a partir de 10 Reais!

Verificamos que o uso do acento indicador de crase é obrigatório:

a) apenas na sentença I
b) em todas as sentenças
c) apenas na sentença II
d) apenas nas sentenças I e II

4. Analise os dados abaixo. (0,5 pt)

          TAXA GERAL DE DESEMPREGO

                 1995                 2002
                  4,4%                 7,5%

       TAXA DE DESEMPREGO ENTRE OS QUE TÊM 12 OU MAIS ANOS DE ESTUDO

                 1995                   2002
                  2,2%                  4%

Com base na leitura dessa tabela, é correto afirmar:

(a) Apesar de ser maior o problema do desemprego entre pessoas que têm um grau mais elevado de escolaridade, nos últimos anos a situação tem se invertido.
(b) A condição de terem doze ou mais anos de estudo não foi suficiente para impedir que a taxa de desemprego aumentasse entre os trabalhadores nessa faixa de escolaridade.
(c) O nível de desemprego entre trabalhadores com mais anos de estudo acompanhou a mesma tendência decrescente do nível de desemprego entre trabalhadores em geral.
(d) Não se percebe na taxa de desemprego nenhuma variação relacionada ao nível de escolaridade dos trabalhadores.
(e) Há uma grande disparidade entre o aumento na taxa geral de desemprego e o aumento na taxa referente aos trabalhadores com doze ou mais anos de estudo.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Exercícios de oração subordinada


Releia:

Detesto que contem piadas sujas na minha frente

1. O verbo detestar da primeira oração tem sentido completo ou incompleto?

2. Em relação ao verbo detestar, qual a função sintática de “que contem piadas sujas na minha frente”?

3. Transforme o período simples em composto por subordinação. Em seguida,classifique as orações  subordinadas  substantiva.

a) O promotor insistiu na libertação do acusado.
b) O jogador demonstrou receio da perda da vaga de titular.
c) O jornal trazia a notícia tão esperada: o término da crise econômica.
d) Nossa intenção  era o recebimento da documentação a tempo.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012



   Como é bom estar vivo, né?


       Parecia uma repetição da manhã de 8 de setembro de 1992, em Natal, Rio Grande do Norte. Mas não era, e tampouco era uma farsa. Era 1994, e a Legião Urbana estava em Vitória, Espírito santo, para fazer o show de lançamento de O descobrimento do Brasil. Fazia outro lindo dia de sol. Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá haviam saído para aproveitar a manhã numa fazenda nas vizinhanças da cidade. Na beira da piscina do hotel, o baixista Gian Fabra estava largado, lagarteando. Renato Russo acordou e desceu de seu quarto, com uma camisa de mangas compridas e um livro na mão. Sentou-se ao lado de Gian. Este nunca  havia visto à luz do dia. [...] Ficaram os dois ali, tranqüilos. Mas o dia estava tão bonito que Gian comentou com Renato: “Como é bom estar vivo, né?”.
      Naquele instante, ele teve certeza de que o outro estava gravemente doente. Sua expressão ficou tão triste que não deixava margem a dúvidas. Gian tinha sido convidado para participar da turnê em março, substituindo o falecido Tavinho Fialho. Nada sabia sobre o estado de saúde de Renato. Não fora informado sobre isso nem quando, algum tempo depois, alguém lhe dissera que, sim, Renato era soropositivo. Gian tinha ido checar a informação com dado, mas seu companheiro de peladas negara tudo, com veemência. Agora, sem querer, o próprio Renato confirmava tudo, sem ter dito uma palavra.
Fragmento da página 145-146 do livro “Renato Russo: o trovador solitário”, de Arthur Dapieve.

Responda:

1. O título do texto já antecipa, para o leitor, qual será o seu foco. Explique qual é esse foco e por que ele foi escolhido em relação à carreira de Renato Russo.
2. Arthur Dapieve escolhe a narração e não a exposição como recurso. De que maneira ele introduz o tema da doença no texto?
3. O uso da narrativa permite criar uma espécie de antítese entre um parágrafo e outro. Que antítese é essa? E por que essa estratégia é mais eficaz do que uma exposição mais objetiva?


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

HQ é literatura?

Olá, Galera! Tirinhas como essa estão bombando no Facebook, né? Mas o que vocês sabem sobre a história dos quadrinhos? Como surgiram? Quem são os personagens mais famosos? E a famosa pergunta: História em quadrinhos é literatura? Bom, sabemos que é um gênero textual, que brinca com o jogos de linguagem verbal e linguagem não verbal, e que segue um padrão de sequência narrativa. 
Neste semestre vamos vivenciar o fantástico mundo dos quadrinhos na nossa escola. Tem projeto vindo aí. Fiquem atentos!
Abração!!!
Professor Guilherme.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Ler em voz alta


                                    Você ou seu filho só lê murmurando?
                                                                                                Professor Guilherme Bonotto

       É comum, nas aulas em que o professor pede que cada aluno leia em silêncio o texto do livro ou da apostila, que haja alguns que precisem – involuntariamente – pronunciar baixinho o que estão lendo.        Acontece assim também com adultos. Então, vem aquele outro coleguinha do lado e diz: “professor, manda ele (a) ficar quieto!” ou “professor, assim não consigo ler o meu”. Gente, explicarei de forma bem simples. Quando passamos pelo processo de alfabetização, nas séries ou ciclos iniciais, nossa leitura é alfabética, e nem sempre – comum – o aluno entende o que está lendo, pois a memória está focada na tarefa da decodificação. Com o tempo e treino, a decodificação é adquirida e a criança já consegue ter acesso ao significado. Daí em diante, o processo vai se aperfeiçoando, e a exposição gradual a textos faz a criança brincar e dar cambalhotas no maravilhoso campo da semântica.
    O processo de decodificação fonológica ( ler pronunciando o que está lendo ) é essencial para o desenvolvimento da leitura. É nessa fase, por exemplo, que o bom professor identifica a dislexia. Já escutei professora (calma, não era do CEST) dizendo “na minha aula, mando o aluno ler em voz alta para ver se está lendo bem, e corrijo as palavras que ele errar.” Na verdade, quem deve ser corrigida é essa professora, não é? A leitura em voz alta é um exercício fonológico, e não lexical. O aluno necessita de escutar os agrupamentos silábicos, as sílabas mais fortes, as mais fracas, os encontros vocálicos, consonantais e dígrafos. Imagine, nas séries iniciais, a criança estar atenta a tudo isso e uma professora dizer assim: “esse menino leu, mas não compreendeu a mensagem implícita no texto”! Claro, professora! Um estágio de cada vez.
      Então, meu caro amigo internauta, se há pessoas, que até mesmo grandes, pronunciam baixinho o que estão lendo, entre outros motivos, um deles é necessidade mesmo de escutar as palavras, uma herança lá das séries iniciais que ele não largou ainda por pouco ou deficiente treinamento que teve dos seus educadores.

Recomendo: ROTTA, N. T.; OHLWEILER, L.; RIESGO, R. D. S.: Transtornos da aprendizagem – Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar. ARTMED, Porto Alegre: 2006.
Recomendo também: www.psicologiaeaprendizagem.com.br      
 Até a próxima!
Professor Guilherme.