Eu sei que aulas de redação têm aquela fama de "aula chata", que a professora convoca a turma para escrever sobre o tema - ou título - por ela mesma convenientemente escolhido. Pega-se um assunto "lugar comum" da tríade violência-adolescência-televisão, joga-se um título bem genérico - como se o aluno pensasse da mesma forma que a professora - e manda-se encher 30 linhas do caderno. "Você só fez 20? Tá errado! Perdeu ponto!" Com você já foi assim? Ora, com muitos de nós foi assim mesmo.
Por isso, em nossas aulas, os temas escolhidos precisam ser atuais, cotidianos, ricos em pontos de vista e, claro, sempre debatidos coletivamente antes de cada produção individual. O que se explora nessas produções não é somente se o aluno sabe ou não escrever as palavras corretamente - aliás, em minhas aulas e até em avaliações é permitido o dicionário - mas também abre-se o espaço para que ele discorra sobre o que pensa, o que ele entende do mundo que o cerca, e que organize suas ideias em grupos de proposições - chamados de parágrafos.
Tudo o que informa, sob o ponto de vista genérico de linguagem, é um texto. Uma foto, uma pintura, um poema, uma placa de trânsito, sinais de libras, "posts" e mensagens de Facebook são exemplos. O texto, portanto, nas nossas aulas de redação, é tratado como veículo de socialização, e transformar pensamento em palavras é um exercício contagiante, emocionante, imperdível!
Professor Guilherme.
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