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segunda-feira, 14 de outubro de 2013


O romantismo de se ensinar

          Semana passada, li um bom artigo da escritora Lia Luft para a revista Veja n0 41 da edição 2342, no qual demonstrava sua indignação com a mediocridade da educação brasileira nos dias de hoje.  Claro, quando você pensa em mediocridade na educação, vem à ponta da língua: educação pública.  Mas no tão realista e claro artigo, a escritora, que também esteve tantos anos em salas de aula, convida-nos a pensar sobre o que todos já estão vivenciando e deixando passar despercebido, que é o que chamo de inversão de prioridades. Nessa inversão, o foco da escola passa a ser, a priori, um espaço de socialização, lazer, namoro, passatempo, para depois ser lugar de estudo. E aí, cabem também as escolas privadas.
          A geração dos celulares com múltiplas funções e aplicativos – e, que coisa, telefonar mesmo é o que menos se faz! – tem nesses aparelhos um mundo de informações via satélite. No contraponto disso, o aproveitamento dessas informações é pífio para seu crescimento intelectual, uma vez que se tem apenas o trabalho de busca-las, mas não de pensar, de criticar, comparar. E vemos uma sociedade copista, que apenas reproduz conceitos e modismos, sem nem saber por quê.
          São já comuns as brincadeiras em redes sociais com pessoas que postam mensagens cujo cuidado gramatical é totalmente ignorado. Mensagens despreocupadas com as regras da língua escrita, sem a mínima ideia de que se está abandonando um dos maiores tesouros da nossa cultura, o nosso idioma. E o pior disso, é que esse abandono não é proposital, é por não saberem escrever mesmo. Imagine você, que centenas de alunos do ensino médio não conseguem escrever suas ideias numa página de caderno. Não têm noção da estrutura de um texto, pontuação, vocabulário, letra maiúscula! E digo mais, essa população de alunos chega a concluir o ensino médio e a entrar para a faculdade. Aí, a discussão é sobre os sistemas de ensino e critérios de aprovação.
          No processo em que Lia Luft aponta como “antieducação”, destacam-se ainda a indisciplina e a falta de apoio das famílias. Alunos que desacatam livremente seus professores, não trazem de casa nenhum princípio ou exemplo de respeito, hierarquia, ética. O descaso, portanto, vai além do ensino público. É geral, percebido por qualquer um que visite uma escola hoje. E nesse meio caótico, nós, professores, passamos mais tempo apartando brigas, chamando a atenção dos alunos, sendo agredidos verbalmente, lutando contra os celulares com músicas altas, gritarias, do que dando aula.

          Pois é. Ensinar deixou de ser romântico. Enquanto isso, pais mais preocupados com o capítulo da novela, com o resultado do futebol e ganhar dinheiro para o conforto do lar, não têm tempo para ouvir as lamúrias dos professores, pois a estes cabe mesmo é manter as crianças ocupadas até tocar o sinal da saída.

Professor Guilherme.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Revisando Clarice Lispector: CEST, 3o ano

Sobre Clarice Lispector

A contribuição da obra de Clarice Lispector na Literatura Brasileira está, sobretudo na produção de um romance introspectivo, raridade entre nossa produção literária. Para compreender sua produção literária, é necessário do leitor um preparo psicológico, já que um primeiro contato com a obra causa um estranhamento no leitor; superada essa primeira etapa, é possível reconhecer sua escrita indefinível, uma mistura de prosa, confissão, discursos internos e poesia.
Lispector escrevia para ficar livre de si mesma, para compreender a alma humana. Para ela, escolher a própria máscara é o primeiro gesto humano e solitário. Com uma personalidade intrigante, reconhecia o valor do mistério, do silêncio. Numa última entrevista concedida à determinada rede de TV, ela diz: “Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso”.

Fonte: http://www.infoescola.com

A seguir, dois vídeos garimpados da Internet.
No primeiro, uma reportagem: Beth Goulart apresenta o monólogo Simplesmente Eu, Clarice Lispector. A atriz fez a adaptação dos textos da escritora para a montagem e também assina a direção do espetáculo. 


Neste segundo vídeo, uma animação bem legal para "Perto do coração selvagem".





Quinhentismo e Barroco: CEST 1o ano

Barroco: a arte do conflito

      O Barroco foi a primeira escola literária que surgiu no Brasil, mesmo assim não deve ser considerado o início da literatura brasileira. Os textos encontrados no Brasil até o ano de 1600 são históricos (cartas, documentos, tratados e peças de catequese), os quais chamados de literatura informativa.
      No século XVII, o ser humano vive em conflito, atormentado por dúvidas existenciais, dividido entre uma postura racional e humanista e uma existência assombrada pela culpa religiosa. 
      Observe, por exemplo, a tela “O enterro do Conde de Orgaz”, de El Greco.


       Elementos como a presença de Jesus na parte central superior e logo abaixo Nossa Senhora observando um anjo que conduz uma criança – metaforicamente a alma do senhor Orgaz – sugerem tratar-se de uma pintura religiosa.
       Perceba também que há duas dimensões: uma terrestre, onde predomina o escuro, adequada para uma cena fúnebre, e outra celestial, com cores mais fortes e com uma luminosidade que emana da figura de Jesus. A presença do estilo barroco nesse jogo de contrastes é marcante. 
           A seguir, indico um vídeo bem legal para o aluno que quer revisar a matéria: https://www.youtube.com/watch?v=PYILDWC_PSI
Um abraço!
Professor Guilherme.






segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Exercícios complementares sexto ano

Olá!
Trago aqui umas atividades complementares para você que é do sexto ano.  Pode copiar no caderno ou então copiar em World (peça ajuda a alguém) e imprimir. O importante é exercitar!

1)Substitua as expressões em destaque, pelos pronomes oblíquos correspondentes a cada pessoa gramatical, fazendo a construção correta da frase:
1. Eu esqueci eu mesmo do caderno. _____________________________
2. Irei com tu ao cinema. ________________________________________
3. Eu cuidarei de tu, minha filha! __________________________________
4. Eu devolverei o livro para ele. __________________________________
5. Ele levou a mala. ____________________________________________
6. Não reconheci ela. ___________________________________________
7. Trouxeste este presente para eu? _______________________________
8. Eu não encontrei ele, porque já havia saído. _______________________
9. Nós vimos João no cinema. ____________________________________
10. Você resolveu aqueles problemas? ____________________________

2) Preencha as lacunas com um dos pronomes oblíquos: me, mim, comigo, te, ti, contigo.
1. Você sairá _________________?
2. Eu não ____________ lembrei da prova.
3. Este presente é para __________?
4. Entregue _________ o livro amanhã.
5. O professor _________ explicará melhor a lição.
6. Recorrerei a ________ sempre que eu precisar.
7. Iremos _____________ à missa.
8. Minha filha, sempre penso em _______.

3) 



segunda-feira, 17 de junho de 2013

Bienal 2013

       
                                     Por que ir à Bienal do Livro 2013?

      "Uma casa sem livros é como um corpo sem alma." Tal citação atribui-se ao filósofo, orador e grande estilista da prosa, o romano Marcus Cícero. O livro, que, ao longo de gerações, é sinônimo de bem cultural, portador das ideias – como a Enciclopédia Francesa, no século XVIII, a “Internet” da época – é, periodicamente, trazido ao posto de destaque entre estudantes, pensadores, professores e apreciadores, por meio da Bienal.
      Neste ano, não diferente, nossa escola tem a pretensão e a responsabilidade de dar ao educando o contato com o evento, na busca por avivar a potencialidade dos nossos jovens leitores e futuros formadores de opinião. Desenvolvemos projetos pedagógicos com adoção de livros infanto-juvenis, de caracteres didáticos, morais e artísticos, sempre incentivando o prazer pelo consumo de obras enriquecedoras que provoquem a construção do cidadão do século XXI.
      Tão logo esse contato seja atendido, dar-se-á, por parte da equipe docente, toda uma movimentação e organização, desde a construção da conscientização sobre a importância do livro na história intelectual da humanidade, até o estágio em que os alunos estejam também, além de lendo, elaborando suas próprias obras literárias.
      A visitação, portanto, atende à demanda da nossa comunidade por essas obras, e estamos ansiosamente aguardando tal evento onde, certamente, será o clímax, o momento máximo em que convergem todos os planejamentos interdisciplinares deste ano.
       

      Professor Guilherme.

domingo, 9 de junho de 2013

Caça-palavras

Você já brincou de caça-palavras?


O jogo de caça-palavras, ou sopa de letras, é um passatempo que consiste de letras arranjadas aparentemente aleatórias em uma grade quadrada ou retangular. O objetivo do jogo é encontrar e circundar as palavras escondidas na grade tão rapidamente quanto possível. As palavras podem estar escondidas verticalmente, horizontalmente ou diagonalmente dentro da grade. As palavras são arranjadas normalmente de modo que possam ser lidas da esquerda para a direita ou de cima para baixo, sendo que em passatempos de maior dificuldade também pode ocorrer o oposto.


Para brincar, clique no link abaixo e divirta-se!

http://coquetel.uol.com.br/jogar_infantil.php?id=29325



sexta-feira, 31 de maio de 2013

Os Sumérios e o Velho Testamento: Mistérios.


  

Os sumérios podem ter originado as histórias de Noé, Moisés, Adão e Eva


Ao ler a história do povo sumério, qualquer pessoa criada dentro de círculos cristãos terá aquela sensação de "já vi algo parecido em algum lugar”. E viu mesmo, na Bíblia. Diversas histórias encontradas no Antigo Testamento já estavam registradas em cuneiforme nas tábuas de argila sumérias. Um exemplo é a criação do homem feito de barro por Deus e a narrativa do pecado original. No Museu Britânico, há um selo com essa representação datado de meados do século 3 a.C. A figura mostra uma árvore (que seria a macieira) entre um homem, uma mulher e uma cobra, animal abundante nas áreas alagadiças e lamacentas da Suméria. O rei Sargão também pode ter sido citado na Bíblia. Mas com outro nome: Moisés. Como o rei dos hebreus, Sargão teria sido concebido em segredo, jogado nas águas do Eufrates em um cesto quando bebê e achado por uma família. Mas as citações mais comprovadas são em relação ao dilúvio.
A lenda sobre ele pode ter se originado em uma grande cheia dos rios Tigre e Eufrates, no quarto milênio antes de Cristo. A cheia teria sido provocada por uma tempestade de proporções nunca vistas e agravada pelo avanço do mar sobre o litoral. Na época, as águas do oceano entravam no golfo Pérsico cerca de 230 quilômetros a mais que nos dias de hoje. Os contornos do litoral também foram alterados pelas tempestades de areia e pelo assoreamento da região. Além disso, foram encontrados vestígios petrificados de acúmulos de lama de 3 metros de espessura em altitudes acima do nível do mar e dos principais rios. A Lista Real Suméria, um texto que enumera as várias dinastias desde o início dos tempos, faz menção às realezas anteriores e posteriores ao dilúvio, O relato dessa lista se assemelha ao texto bíblico. “Um deus resolve salvar a humanidade do dilúvio, escolhendo um eleito a quem dá instruções para construir um barco, onde devem ser colocados sua família, os bens e os animais.”
Marduk (que relaciona-se a Yahweh para os hebreus), protagonista na Criação, aparece-nos também ligado aos zigurates – as célebres torres babilônicas, a mais conhecida delas sendo a de Babel. Eram enormes torres cilíndricas em geral de sete andares, cujo diâmetro diminuía com a altura e eram a base essencial do templo.
A menção que se faz na Bíblia, no Gênesis (XI, 1-9) da torre de Babel, refere-se segundo alguns autores, ao zigurate de Etemenanki (o termo significa "casa", fundamento do céu e da terra), pertencente ao templo de Marduk, em Esagil, na Babilônia.

Faça-se a luz!

As leis e regras dos sumérios eram designadas por me. Havia me para regular a sociedade, para a produção e tarefas várias. Os me eram escritos em placas de argila. Nos mitos observamos que para os sumérios Enki (pai de Marduk) era tido como um criador, o Criador, ao proferir, pelo ato de dizer. Dar o nome é criar a coisa. Onde é que já vimos isto? O livro do Gênesis tem decerto aqui outras raízes...!

A transcrição

A escola deuteronômica tenta encorpar as atitudes mais nacionalistas e patrióticas nas escrituras (pureza, higiene informacional histórica), reescrevendo e reorganizando os antigos contos e incentivando a sua replicação. Manipulando.
O significado de Deuteronômicos, acrescente-se, é o daqueles que elaboram as cópias, as replicações, as segundas vias dos textos sagrados. Foram eles os responsáveis pela autoria dos livros Deuteronômio, Joshua, Juízes, Samuel e Reis – além da revisão dos livros anteriores desde o Gênesis.
Essa gente era nacionalista, monárquica, centralizadora. Funcionaram como uma ala avançada dos fariseus, a classe mais tradicional da sociedade hebraica.

Mistérios bíblicos nos textos sumérios

Basicamente, o legado do conhecimento sumério revela que a Terra, teve origem através da colisão de dois gigantescos corpos celestes, Nibiru e Tiamat. Os escritos afirmam que Nibiru, um planeta avermelhado (Que já foi avistado pela NASA e atualmente vem sendo chamado de “planeta X”) foi desviado de um sistema binário, há milhões de anos, e capturado pela gravidade do nosso Sol.
As placas sumérias têm informações precisas sobre os planetas do sistema solar. O mais impressionante são os dados sobre Plutão (planeta que só foi descoberto em 1930). Eles sabiam o tamanho de Plutão, sua composição química e orgânica e afirmavam que Plutão era na verdade um satélite de Saturno que se “desprendeu” e ganhou uma nova órbita. Eles chamavam a Lua de pote de chumbo e diziam que seu núcleo era uma ‘cabaça’ de ferro. Durante o programa Apolo, a NASA confirmou esses dados… Esse conhecimento seria possível há 3.000 anos? 

Segundo os sumérios, uma raça de extraterrestres chamada Anunnaki (Os Do Céu Que estão Na Terra), que mais tarde foram chamados de Elohim (Senhores do Céu) eram humanóides gigantes vindos do planeta Nibiru e que devido à problemas no seu ecossistema, decidiram iniciar um processo de colonização no nosso planeta, por volta de 450 mil anos atrás. Eles fizeram experiências genéticas, criaram seres híbridos gigantes, os chamados nefilins, anakins, refains ou titãs.  O fato é que em alguns milênios eles acabaram organizando os homens em centros urbanos e os instruíam em todos os seguimentos possíveis, gerando então poderosas civilizações.

O Dilúvio

  Porém, em certo momento as relações entre homens e Anunnaki ficaram comprometidas por ódios e paixões, levando-os a toda sorte de comportamentos bizarros, que se agravavam mais ainda pela aproximação do planeta gigante Nibiru, que já estava causando terríveis mudanças no clima agradável do planeta e logo os flagelos naturais somados às perturbações sociais, causaram a deterioração moral daquela sociedade híbrida.

“Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente. Então o Senhor se arrependeu de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. E disse o Senhor: Destruirei da face da terra o homem que criei, tanto o homem como o animal, os répteis e as aves do céu; porque me arrependo de os haver feito.” Gênesis

Inconformado e temendo pela sua obra, ENKI (Senhor da Terra, o Cientista) designou, secretamente, um homem, de nome sumério ZIUSUDRA (Noé ou Noah, em hebraico), para reunir grupos de humanos e espécies de animais diferentes, que seriam salvas das inundações do planeta causadas pelo deslocamento dos polos, devido à aproximação de Nibiru, em uma nave submarina submergível desenvolvida por ele, para essa finalidade. ENKI elaborou ocultamente um plano de sobrevivência para os seres selecionados por ZIUSUDRA, pois não ousava desafiar seu pai ANU, nem as hierarquias de Nibiru. Sem tomar conhecimento do seu plano, os Anunnaki evacuaram a Terra e de suas naves estacionadas na órbita do planeta, observaram o desastre e se entristeceram, sofrendo pela destruição daquela grandiosa obra e amargurados por terem abandonado os humanos ao terrível cataclismo. Com a passagem de Nibiru, duros tempos se iniciaram na Terra.




Acima: escavações recentes feitas na Ásia e Oriente Médio revelaram fósseis que hoje estão sob a guarda das forças armadas da Arábia Saudita. 

Saiba mais

Ensaios Babilônicos – Sociedade, Economia e Cultura na Babilônia Pré-cristã, Emanuel Bouzon, Edipucrs, Porto Alegre 1998
Mesopotâmia, Historia, Política, Economia y Cultural, Georges Roux, Ed. Akal Universitária, 1990, Madrid
Dos Sumérios a Babel – A Mesopotâmia, História, Civilização e Cultura, Federico Arborio Mella, Ed. Hemus, 1999.
A Vida Quotidiano dos Hebreus no Tempo da Bíblia, de André Chouraqui
A Religião e o Profano: A Essência das Religiões, Mircea Eliade


segunda-feira, 29 de abril de 2013

trabalho para 705

Trabalho para 705



Coração conta diferente

         —  Ai...
         —  O que é que você tem, Tiago?
         Quem falou ai fui eu. Quem me perguntou o que é que eu tinha foi o Renato, que fica sentado do meu lado e pode vigiar tudo o que faço. Ele deve ter pensado que alguma coisa estava doendo. Mas esse ai não era de dor.
         Então, suspirei de novo, mas agora sem falar nada. Esse suspiro saiu como um sopro, que balançou as folhas do meu caderno. E pra dentro, baixinho, pra ninguém escutar, eu gemi: Ai, Adriana...
          É que ela levantou para ir ao quadro. Logo hoje que ela soltou o cabelo comprido daquele rabo-de-cavalo que ela costuma usar. O cabelo dela é tão lindo... Parece de seda e tem um brilho que eu ia dizer que parece o Sol. Mas a Adriana tem cabelos pretos e Sol moreno fica meio esquisito.
7x5 =45...
         — Tá errado, tia! Tá errado! — gritou toda esganiçada a Catarina.
          A tia então mandou a Adriana sentar. A Catarina correu e meteu o apagador em cima daqueles números tão bem desenhados, corrigindo com um 35 tão sem graça quanto a sua voz.
          Adriana voltou pro lugar dela e eu nem pude ver se ela estava com a cara muito vermelha. Ela ficou com a cabeça abaixada um tempão. Eu senti que ela estava triste e fiquei muito triste também. Aí, arranquei a beiradinha da última página do meu caderno e escrevi:
         Não liga, Adriana. O 45 que você escreve é tão lindo quanto o seu cabelo.
         Dobrei meu bilhete. Fiz bem depressa uma bolinha com o bilhete dobrado, mirei e joguei. Ela caiu no colo da Adriana.
         Meu coração bateu depressa. Ai, ai, ai, meu coração martelando tantos ais no peito. A Adriana foi desamassando o bilhete bem devagar. Ela leu, depois guardou dentro do estojo. Nem olhou pro meu lado. De repente me lembrei de uma coisa terrível: EU NÃO TINHA POSTO O MEU NOME NO PAPEL!
         Nisso, a tia me chamou. Eu só pensava naquela confusão.
         —Tá errado! Tá errado! Deixa eu fazer, tia?
         Eu olhei pro quadro e entendi... 8 x 6 = 36... A tia me mandou sentar. Fui, morrendo de sem graça.
         Cheguei na minha carteira e vi uma bolinha de papel bem em cima do meu caderno. Quando ninguém estava mais olhando, eu disfarcei e abri:
         Eu também me amarro no seu 36.
         No cantinho do papel estava assinado: Adriana

                                     Coração conta diferente. Lino de Albergaria São Paulo: Scipione, 1992.

Imprima ou copie no papel almaço as questões e entregue-as respondidas ao professor até dia 16 de maio.

1- O narrador participa da história ou apenas conta os fatos? Justifique.

2- Faça a correspondência, de acordo com o texto:

(A) Tiago                    (      )  Tem lindos cabelos pretos.
(B) Renato                 (       )  Narra a história.
(C) Adriana                (       )  Senta-se  próximo ao narrador.
(D) Catarina               (       ) Tem a voz esganiçada.
  
3- No 2º parágrafo o narrador explica que o “ai” que ele disse não era de dor. De acordo com o texto, o que significa esse “ai”?

4- O narrador ia comparar o brilho dos cabelos de Adriana com o Sol, mas desiste. Retire do texto a frase que indica porque a comparação não era boa.

5- Qual personagem do texto descobre o erro de Adriana e corrige os números no quadro? 

6- Adriana descobriu quem tinha escrito o bilhete para ela? Explique.

7- Enumere de 1 a 7 as ações de acordo como aparecem no texto:

(      ) Tiago escreve um bilhete e o joga  para Adriana.
(      ) Catarina grita que a reposta de Adriana está errada.
(      ) Tiago observa Adriana escrevendo no quadro e suspira.
(      ) Adriana erra a resposta.
(      ) Tiago vai  ao quadro e também erra a resposta.
(      ) Adriana retorna para sua carteira e fica de cabeça baixa.
(      ) Adriana responde Tiago escrevendo um bilhete para ele.

8. Retire, de cada trecho, um advérbio ou locução adverbial e classifique-o.

a) Fiz bem depressa uma bolinha com o bilhete dobrado, mirei e joguei.
b) A Adriana foi desamassando o bilhete bem devagar.
c) De repente me lembrei de uma coisa terrível.





terça-feira, 9 de abril de 2013

Fruto de ouro

                          Você sabe o que é um pomo d'oro?

    Os Astecas do México e os Incas do Peru eram os cultivadores do antigo tomate, e isso sugere um importante dado linguístico. O termo tomate, introduzido no Castelhano de 1532 e subsequentemente no francês, no alemão, no inglês, e em vários dialetos italianos, deriva-se, na verdade, de um erro, do tòmatl, que em segundo a língua dos índios Astecas, o nàhuatl, indicava plantas com a fruta redonda, com suco e numerosas sementes. Na mesma língua, existia uma palavra que de fato indicava tomate: era xitòmatl, confundido provavelmente pelos europeus conquistadores. Contudo, sobrevive ainda hoje em algumas regiões do México o termo jitomate.

    O tomate desembarca pela primeira vez no velho continente em 1523, transportado por algum espanhol por caravelas. O “futuro rei” da cozinha Mediterrânea foi introduzido em pequenas dimensões e se apresentou primeiramente com uma variedade de cor amarelada, do que se deu o nome de “fruto de ouro”

    Mais recente o termo pomodoro foi preferido pelo pai da botânica o italiano, Andrea Mattioli (1501 - 1577). O botânico sienense no tratado “Medici Senensis Commentarii” introduz a denominação ouro, e o traduz literalmente para o italiano como “pomodoro”. Pomo = fruto e oro = ouro, pomo d’ oro. Os Napolitanos os chamam de “pummaroli”. Da etimologia francesa, o fruto era de nome “pomme d’ amour”. Esta expressão significa fruto do amor, expressão claramente afrodisíaca atribuída ao tomate.
E você, já comeu seu “fruto de ouro” hoje?
Até a próxima!
Professor Guilherme.


sexta-feira, 1 de março de 2013

TRABALHO PARA O SEXTO ANO

Este é um dever de casa.
Leia o texto a seguir, copie as perguntas no caderno e responda-as ( pode digitar e imprimir, se quiser ).

                          O SUPER-HERÓI         

       Naquela família só tinha super-herói. Avô herói, avó heroína. Pai herói, mãe heroína.  Tio herói, tia heroína. Primos e primas, todos  heróis. 
       Eram os Flash, famosos no mundo inteiro por ajudar os fracos, oprimidos, perdidos, sumidos.
       Eles freqüentavam desde cedo a escola de super-heróis.  Uma escola muito difícil, cheia de provas especiais de bravura. No dia da formatura, eles diziam numa solenidade muito bonita:
       – Flash! Flash!
       E saíam voando, poderosos, por aí. Tudo muito bonito. Tudo como devia ser no mundo dos heróis. Mas não era assim que pensava o Júnior, o último filho do senhor Flash King.
       Ele não queria ser herói. Queria ser gente comum, igualzinho a todo mundo que anda por aí de ônibus, de metrô, a pé. E falou para o pai dele:
       – Eu não quero ser herói. Quero freqüentar uma escola comum, viver uma vida comum. Não quero ser notícia do Jornal Nacional.
      Começou uma grande briga familiar:
      – Herói já nasce herói, Junior. Não tem escolha. Nasce feito!
      – Tem sim, meu pai. Basta eu não estudar para ser herói. Viro gente comum e pronto, está acabado!
      Essa briga durou horas, dias e até meses. Mas no fim, Júnior não entrou na escola de super-heróis.
      Houve uma grande reunião familiar e o Júnior, emocionado, renunciou aos seu direitos de ter superpoderes.
      O tempo passou. Muito tempo mesmo.
      Mas, outro dia, eu vi o Júnior, homem feito, vestido de branco, entrando num hospital, numa ambulância.          Depois eu soube que ele virou médico famoso e que já salvou muitas pessoas.
       Há várias formas de ser herói na vida comum.
                                              (Autor desconhecido)
Responda:

1. Sobre quem o texto está narrando? Fale sobre o personagem principal.
2. Explique por que houve uma discussão familiar na casa do personagem principal.
3. Mesmo não tido freqüentado a escola de super-heróis, Júnior pode ser considerado herói? Explique.
4. Para você, o que é ser herói na vida comum? Dê exemplos.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Alice "doidona" no País das Maravilhas!



De olho nos bastidores!



    O nome da personagem principal foi escolhido como uma homenagem à uma doce garotinha Alice Liddel, amiga do autor da historia, o inglês Lewis Carroll.
     E o livro nasceu quase na marra. Alice obriga-o a contar uma historia para ela . Após contar a história, que inventara na hora, Carroll foi convencido a colocar tudo no papel.

       Tá tudo azul para a lagarta que Alice encontra fumando num baita narguilé (imagem acima). A geringonça e o fato de o bicho falar lentamente, "viajando" e filosofando, são até hoje associados ao consumo de ópio. A droga, que atualmente é ilegal, tinha uso medicinal na época da publicação do livro, em 1865.
       O habitante mais alucinado do País das Maravilhas aparece e desaparece em vários momentos da trama, seja de corpo inteiro, seja mostrando apenas algumas partes, como o sorriso. Especula-se que o gato possa ter surgido das terríveis enxaquecas do autor Lewis Carroll, que relatou vários episódios de alucinação em seus diários.
         Alice topa com o Chapeleiro Maluco em um tradicional “chá das cinco” inglês. Na época em que a história foi escrita, muitos chapeleiros enlouqueciam de fato!  por causa da exposição ao mercúrio usado na confecção dos chapéus. Os sintomas eram tremores nos olhos e membros, fala confusa e alucinações. O personagem serviu até de inspiração para um inimigo do Batman.
       A Rainha de Copas é outra caricatura da sociedade da época, mais precisamente da rainha Vitória: apesar de sua importância no reino inglês, sua autoridade não valia nada diante do Parlamento e do primeiro-ministro. Do mesmo jeito, no País das Maravilhas o bordão "cortem a cabeça dele!", da Rainha de Copas, nunca é cumprido de fato.
       Tudo isso, entre outros detalhes, é uma mistura de metáforas e ilustrações perdidas em muitas “fumaças”.
Abraço!!!

Gênero Épico: literatura primeiro ano.

Narrativas épicas: Odisseia e Ilíada.


Duas epopeias que exemplificam a aula de Gêneros Literários. Clique e assista.
Abraço do professor Guilherme!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O que você sabe sobre Cinderela?



Contos macabros?

     Para entender os motivos dessas origens macabras, precisamos considerar o contexto em que a maioria dos nossos contos de fadas surgiram. Esses eram contos populares entre populações de pequenos vilarejos medievais onde hoje estão Alemanha e França. Nessas ocasiões, as histórias serviam tanto para educar as crianças – daí a “moral” incluída em cada história – quanto para distrair e entreter os adultos.

    O interessante é que Cinderela é uma das histórias com mais versões mundo afora, incluindo uma Cinderela chinesa de 850 d.C. (que tem um enorme peixe dourado como fada-madrinha), chamada Yeh-Hsien. Aliás, a versão mais antiga – a história de Rhodopis, praticamente idêntica à Cinderela moderna – foi escrita no século I a. C., por Stabo.
       A versão mais próxima da que conhecemos é de Charles Perrault, que incluiu a carruagem de abóbora e os sapatinhos de cristal. 
   Nas versões mais antigas da história, Cinderela não é tão boazinha assim. Na realidade, ela assassinava a sua primeira madrasta para que seu pai pudesse se casar com a empregada – que depois, viria a se tornar a “madrasta má”.
      Além disso, a história é mais violenta. Quando o príncipe chegava à casa de Cinderela para calçar o sapatinho nos moças, as irmãs malvadas mutilavam os próprios pés, cortando os dedos e os calcanhares, para tentar enganá-lo. Diante da falsidade delas, passarinhos entravam pela janela e bicavam seus olhos, até elas ficarem cegas. Credo!
      Depois publico mais curiosidades dos contos de fadas. Abraço!!!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

BONDE PESADÃO


♫ Não olha pro lado, quem tá passando é o bonde   Se ficar de caozada, a porrada come ♫ 

(MC Beyonce)




   Você pode não gostar dessa música. Postei aqui o trecho  porque aparece uma palavra muitíssimo usada pela galera do Rio: bonde. É o "bonde disso", é o "bonde daquilo", "formou o bonde", "maior bondão", e por aí vai. Sabemos que originalmente o bonde é um veículo sobre trilhos, correto? Mas sempre foi esse o nome? 
     Vamos fazer uma viagem histórica: A  palavra TRAMWAY  em  inglês  significa  "CAMINHO DO TRAM", e designa uma linha férrea urbana, onde os carris de ferro (trilhos) estão assentados na via pública (ruas). No Brasil,  inicialmente a  palavra Tramway designava todo o conjunto, a linha (trilhos) e o veículo.  Mais tarde  o  veiculo (Tram) passou a ser denominado DILIGÊNCIA POR TRILHOS DE FERRO;  Depois CARRIL DE FERRO. A  palavra  bonde  surgiu  em 1879,  sua  origem  se  deve ao fato de que na época a passagem do CARRIL DE FERRO custava  200 Reis,  mas  não  existiam moedas ou cédulas deste valor em circulação.  Em vista disso, a empresa  teve  a ideia de emitir pequenos cupons (bilhetes), em cartelas com cinco unidades, ao preço de um mil  reis,  cuja  cédula  circulava  em grande quantidade.   No bilhete vinha estampada a figura do carril sobreposta à palavra inglesa bond (obrigação, contrato exigível, título negociável) e foram  logo denominados pela população  como  Bonds. Os  bilhetes  também  eram  utilizados  como  troco, e podiam ser convertidos em moeda corrente nos escritórios da empresa, ou  ser utilizados em  futuras viagens.
       Agora sim, você já sabe o que é, originalmente, um "bonde pesadão"!!!!!!! 
       Grande abraço.
       Professor Guilherme.