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terça-feira, 9 de abril de 2013

Fruto de ouro

                          Você sabe o que é um pomo d'oro?

    Os Astecas do México e os Incas do Peru eram os cultivadores do antigo tomate, e isso sugere um importante dado linguístico. O termo tomate, introduzido no Castelhano de 1532 e subsequentemente no francês, no alemão, no inglês, e em vários dialetos italianos, deriva-se, na verdade, de um erro, do tòmatl, que em segundo a língua dos índios Astecas, o nàhuatl, indicava plantas com a fruta redonda, com suco e numerosas sementes. Na mesma língua, existia uma palavra que de fato indicava tomate: era xitòmatl, confundido provavelmente pelos europeus conquistadores. Contudo, sobrevive ainda hoje em algumas regiões do México o termo jitomate.

    O tomate desembarca pela primeira vez no velho continente em 1523, transportado por algum espanhol por caravelas. O “futuro rei” da cozinha Mediterrânea foi introduzido em pequenas dimensões e se apresentou primeiramente com uma variedade de cor amarelada, do que se deu o nome de “fruto de ouro”

    Mais recente o termo pomodoro foi preferido pelo pai da botânica o italiano, Andrea Mattioli (1501 - 1577). O botânico sienense no tratado “Medici Senensis Commentarii” introduz a denominação ouro, e o traduz literalmente para o italiano como “pomodoro”. Pomo = fruto e oro = ouro, pomo d’ oro. Os Napolitanos os chamam de “pummaroli”. Da etimologia francesa, o fruto era de nome “pomme d’ amour”. Esta expressão significa fruto do amor, expressão claramente afrodisíaca atribuída ao tomate.
E você, já comeu seu “fruto de ouro” hoje?
Até a próxima!
Professor Guilherme.


sexta-feira, 1 de março de 2013

TRABALHO PARA O SEXTO ANO

Este é um dever de casa.
Leia o texto a seguir, copie as perguntas no caderno e responda-as ( pode digitar e imprimir, se quiser ).

                          O SUPER-HERÓI         

       Naquela família só tinha super-herói. Avô herói, avó heroína. Pai herói, mãe heroína.  Tio herói, tia heroína. Primos e primas, todos  heróis. 
       Eram os Flash, famosos no mundo inteiro por ajudar os fracos, oprimidos, perdidos, sumidos.
       Eles freqüentavam desde cedo a escola de super-heróis.  Uma escola muito difícil, cheia de provas especiais de bravura. No dia da formatura, eles diziam numa solenidade muito bonita:
       – Flash! Flash!
       E saíam voando, poderosos, por aí. Tudo muito bonito. Tudo como devia ser no mundo dos heróis. Mas não era assim que pensava o Júnior, o último filho do senhor Flash King.
       Ele não queria ser herói. Queria ser gente comum, igualzinho a todo mundo que anda por aí de ônibus, de metrô, a pé. E falou para o pai dele:
       – Eu não quero ser herói. Quero freqüentar uma escola comum, viver uma vida comum. Não quero ser notícia do Jornal Nacional.
      Começou uma grande briga familiar:
      – Herói já nasce herói, Junior. Não tem escolha. Nasce feito!
      – Tem sim, meu pai. Basta eu não estudar para ser herói. Viro gente comum e pronto, está acabado!
      Essa briga durou horas, dias e até meses. Mas no fim, Júnior não entrou na escola de super-heróis.
      Houve uma grande reunião familiar e o Júnior, emocionado, renunciou aos seu direitos de ter superpoderes.
      O tempo passou. Muito tempo mesmo.
      Mas, outro dia, eu vi o Júnior, homem feito, vestido de branco, entrando num hospital, numa ambulância.          Depois eu soube que ele virou médico famoso e que já salvou muitas pessoas.
       Há várias formas de ser herói na vida comum.
                                              (Autor desconhecido)
Responda:

1. Sobre quem o texto está narrando? Fale sobre o personagem principal.
2. Explique por que houve uma discussão familiar na casa do personagem principal.
3. Mesmo não tido freqüentado a escola de super-heróis, Júnior pode ser considerado herói? Explique.
4. Para você, o que é ser herói na vida comum? Dê exemplos.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Alice "doidona" no País das Maravilhas!



De olho nos bastidores!



    O nome da personagem principal foi escolhido como uma homenagem à uma doce garotinha Alice Liddel, amiga do autor da historia, o inglês Lewis Carroll.
     E o livro nasceu quase na marra. Alice obriga-o a contar uma historia para ela . Após contar a história, que inventara na hora, Carroll foi convencido a colocar tudo no papel.

       Tá tudo azul para a lagarta que Alice encontra fumando num baita narguilé (imagem acima). A geringonça e o fato de o bicho falar lentamente, "viajando" e filosofando, são até hoje associados ao consumo de ópio. A droga, que atualmente é ilegal, tinha uso medicinal na época da publicação do livro, em 1865.
       O habitante mais alucinado do País das Maravilhas aparece e desaparece em vários momentos da trama, seja de corpo inteiro, seja mostrando apenas algumas partes, como o sorriso. Especula-se que o gato possa ter surgido das terríveis enxaquecas do autor Lewis Carroll, que relatou vários episódios de alucinação em seus diários.
         Alice topa com o Chapeleiro Maluco em um tradicional “chá das cinco” inglês. Na época em que a história foi escrita, muitos chapeleiros enlouqueciam de fato!  por causa da exposição ao mercúrio usado na confecção dos chapéus. Os sintomas eram tremores nos olhos e membros, fala confusa e alucinações. O personagem serviu até de inspiração para um inimigo do Batman.
       A Rainha de Copas é outra caricatura da sociedade da época, mais precisamente da rainha Vitória: apesar de sua importância no reino inglês, sua autoridade não valia nada diante do Parlamento e do primeiro-ministro. Do mesmo jeito, no País das Maravilhas o bordão "cortem a cabeça dele!", da Rainha de Copas, nunca é cumprido de fato.
       Tudo isso, entre outros detalhes, é uma mistura de metáforas e ilustrações perdidas em muitas “fumaças”.
Abraço!!!

Gênero Épico: literatura primeiro ano.

Narrativas épicas: Odisseia e Ilíada.


Duas epopeias que exemplificam a aula de Gêneros Literários. Clique e assista.
Abraço do professor Guilherme!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O que você sabe sobre Cinderela?



Contos macabros?

     Para entender os motivos dessas origens macabras, precisamos considerar o contexto em que a maioria dos nossos contos de fadas surgiram. Esses eram contos populares entre populações de pequenos vilarejos medievais onde hoje estão Alemanha e França. Nessas ocasiões, as histórias serviam tanto para educar as crianças – daí a “moral” incluída em cada história – quanto para distrair e entreter os adultos.

    O interessante é que Cinderela é uma das histórias com mais versões mundo afora, incluindo uma Cinderela chinesa de 850 d.C. (que tem um enorme peixe dourado como fada-madrinha), chamada Yeh-Hsien. Aliás, a versão mais antiga – a história de Rhodopis, praticamente idêntica à Cinderela moderna – foi escrita no século I a. C., por Stabo.
       A versão mais próxima da que conhecemos é de Charles Perrault, que incluiu a carruagem de abóbora e os sapatinhos de cristal. 
   Nas versões mais antigas da história, Cinderela não é tão boazinha assim. Na realidade, ela assassinava a sua primeira madrasta para que seu pai pudesse se casar com a empregada – que depois, viria a se tornar a “madrasta má”.
      Além disso, a história é mais violenta. Quando o príncipe chegava à casa de Cinderela para calçar o sapatinho nos moças, as irmãs malvadas mutilavam os próprios pés, cortando os dedos e os calcanhares, para tentar enganá-lo. Diante da falsidade delas, passarinhos entravam pela janela e bicavam seus olhos, até elas ficarem cegas. Credo!
      Depois publico mais curiosidades dos contos de fadas. Abraço!!!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

BONDE PESADÃO


♫ Não olha pro lado, quem tá passando é o bonde   Se ficar de caozada, a porrada come ♫ 

(MC Beyonce)




   Você pode não gostar dessa música. Postei aqui o trecho  porque aparece uma palavra muitíssimo usada pela galera do Rio: bonde. É o "bonde disso", é o "bonde daquilo", "formou o bonde", "maior bondão", e por aí vai. Sabemos que originalmente o bonde é um veículo sobre trilhos, correto? Mas sempre foi esse o nome? 
     Vamos fazer uma viagem histórica: A  palavra TRAMWAY  em  inglês  significa  "CAMINHO DO TRAM", e designa uma linha férrea urbana, onde os carris de ferro (trilhos) estão assentados na via pública (ruas). No Brasil,  inicialmente a  palavra Tramway designava todo o conjunto, a linha (trilhos) e o veículo.  Mais tarde  o  veiculo (Tram) passou a ser denominado DILIGÊNCIA POR TRILHOS DE FERRO;  Depois CARRIL DE FERRO. A  palavra  bonde  surgiu  em 1879,  sua  origem  se  deve ao fato de que na época a passagem do CARRIL DE FERRO custava  200 Reis,  mas  não  existiam moedas ou cédulas deste valor em circulação.  Em vista disso, a empresa  teve  a ideia de emitir pequenos cupons (bilhetes), em cartelas com cinco unidades, ao preço de um mil  reis,  cuja  cédula  circulava  em grande quantidade.   No bilhete vinha estampada a figura do carril sobreposta à palavra inglesa bond (obrigação, contrato exigível, título negociável) e foram  logo denominados pela população  como  Bonds. Os  bilhetes  também  eram  utilizados  como  troco, e podiam ser convertidos em moeda corrente nos escritórios da empresa, ou  ser utilizados em  futuras viagens.
       Agora sim, você já sabe o que é, originalmente, um "bonde pesadão"!!!!!!! 
       Grande abraço.
       Professor Guilherme. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dica de redação


ALGUÉM ENTENDEU?


    Quando corrijo provas de redação, percebo que o aluno está mais preocupado em preencher as linhas do que com a forma que escreve.        
    A menos que tenha muita segurança no que está dizendo, o aluno deve evitar períodos longos demais. Muitas informações em um só período quase sempre resulta em falta de clareza e ambiguidade.

Exemplo:
                          
"É segundo esta noção de projeto que vamos, a partir desta visão humanista da problemática urbana - sem deixar de levar em consideração as nossas condições de país de formação colonial - analisar os projetos de cidade expressos nos trabalhos de diversos órgãos federais."

Correção: Vamos analisar os projetos expressos nos trabalhos de diversos órgãos federais a partir de uma visão humanista da problemática urbana. 

Evite, também, frases muito curtas, estrutura incompleta. Isso ocorre quando você se desconcentra.

Exemplo:

"Agora, época de eleição, a população cansada de enriquecer políticos, sem escolha de partido." (Redação de aluno) 
Comentário: o trecho acima não foi concluído pelo aluno, dessa forma, a estrutura do período tornou-se incompleta.

Correção: Agora, época de eleição, a população cansada de enriquecer políticos, sem escolha de partido, fica à mercê de discursos moralistas que visam formar a opinião pública segundo os seus interesses. 

Fica a dica desta semana: Releia o que você escreve. Ponha-se no lugar do seu leitor. Veja se o parágrafo está claro, se a ideia está completa no período.
Grande abraço!