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segunda-feira, 29 de abril de 2013

trabalho para 705

Trabalho para 705



Coração conta diferente

         —  Ai...
         —  O que é que você tem, Tiago?
         Quem falou ai fui eu. Quem me perguntou o que é que eu tinha foi o Renato, que fica sentado do meu lado e pode vigiar tudo o que faço. Ele deve ter pensado que alguma coisa estava doendo. Mas esse ai não era de dor.
         Então, suspirei de novo, mas agora sem falar nada. Esse suspiro saiu como um sopro, que balançou as folhas do meu caderno. E pra dentro, baixinho, pra ninguém escutar, eu gemi: Ai, Adriana...
          É que ela levantou para ir ao quadro. Logo hoje que ela soltou o cabelo comprido daquele rabo-de-cavalo que ela costuma usar. O cabelo dela é tão lindo... Parece de seda e tem um brilho que eu ia dizer que parece o Sol. Mas a Adriana tem cabelos pretos e Sol moreno fica meio esquisito.
7x5 =45...
         — Tá errado, tia! Tá errado! — gritou toda esganiçada a Catarina.
          A tia então mandou a Adriana sentar. A Catarina correu e meteu o apagador em cima daqueles números tão bem desenhados, corrigindo com um 35 tão sem graça quanto a sua voz.
          Adriana voltou pro lugar dela e eu nem pude ver se ela estava com a cara muito vermelha. Ela ficou com a cabeça abaixada um tempão. Eu senti que ela estava triste e fiquei muito triste também. Aí, arranquei a beiradinha da última página do meu caderno e escrevi:
         Não liga, Adriana. O 45 que você escreve é tão lindo quanto o seu cabelo.
         Dobrei meu bilhete. Fiz bem depressa uma bolinha com o bilhete dobrado, mirei e joguei. Ela caiu no colo da Adriana.
         Meu coração bateu depressa. Ai, ai, ai, meu coração martelando tantos ais no peito. A Adriana foi desamassando o bilhete bem devagar. Ela leu, depois guardou dentro do estojo. Nem olhou pro meu lado. De repente me lembrei de uma coisa terrível: EU NÃO TINHA POSTO O MEU NOME NO PAPEL!
         Nisso, a tia me chamou. Eu só pensava naquela confusão.
         —Tá errado! Tá errado! Deixa eu fazer, tia?
         Eu olhei pro quadro e entendi... 8 x 6 = 36... A tia me mandou sentar. Fui, morrendo de sem graça.
         Cheguei na minha carteira e vi uma bolinha de papel bem em cima do meu caderno. Quando ninguém estava mais olhando, eu disfarcei e abri:
         Eu também me amarro no seu 36.
         No cantinho do papel estava assinado: Adriana

                                     Coração conta diferente. Lino de Albergaria São Paulo: Scipione, 1992.

Imprima ou copie no papel almaço as questões e entregue-as respondidas ao professor até dia 16 de maio.

1- O narrador participa da história ou apenas conta os fatos? Justifique.

2- Faça a correspondência, de acordo com o texto:

(A) Tiago                    (      )  Tem lindos cabelos pretos.
(B) Renato                 (       )  Narra a história.
(C) Adriana                (       )  Senta-se  próximo ao narrador.
(D) Catarina               (       ) Tem a voz esganiçada.
  
3- No 2º parágrafo o narrador explica que o “ai” que ele disse não era de dor. De acordo com o texto, o que significa esse “ai”?

4- O narrador ia comparar o brilho dos cabelos de Adriana com o Sol, mas desiste. Retire do texto a frase que indica porque a comparação não era boa.

5- Qual personagem do texto descobre o erro de Adriana e corrige os números no quadro? 

6- Adriana descobriu quem tinha escrito o bilhete para ela? Explique.

7- Enumere de 1 a 7 as ações de acordo como aparecem no texto:

(      ) Tiago escreve um bilhete e o joga  para Adriana.
(      ) Catarina grita que a reposta de Adriana está errada.
(      ) Tiago observa Adriana escrevendo no quadro e suspira.
(      ) Adriana erra a resposta.
(      ) Tiago vai  ao quadro e também erra a resposta.
(      ) Adriana retorna para sua carteira e fica de cabeça baixa.
(      ) Adriana responde Tiago escrevendo um bilhete para ele.

8. Retire, de cada trecho, um advérbio ou locução adverbial e classifique-o.

a) Fiz bem depressa uma bolinha com o bilhete dobrado, mirei e joguei.
b) A Adriana foi desamassando o bilhete bem devagar.
c) De repente me lembrei de uma coisa terrível.





terça-feira, 9 de abril de 2013

Fruto de ouro

                          Você sabe o que é um pomo d'oro?

    Os Astecas do México e os Incas do Peru eram os cultivadores do antigo tomate, e isso sugere um importante dado linguístico. O termo tomate, introduzido no Castelhano de 1532 e subsequentemente no francês, no alemão, no inglês, e em vários dialetos italianos, deriva-se, na verdade, de um erro, do tòmatl, que em segundo a língua dos índios Astecas, o nàhuatl, indicava plantas com a fruta redonda, com suco e numerosas sementes. Na mesma língua, existia uma palavra que de fato indicava tomate: era xitòmatl, confundido provavelmente pelos europeus conquistadores. Contudo, sobrevive ainda hoje em algumas regiões do México o termo jitomate.

    O tomate desembarca pela primeira vez no velho continente em 1523, transportado por algum espanhol por caravelas. O “futuro rei” da cozinha Mediterrânea foi introduzido em pequenas dimensões e se apresentou primeiramente com uma variedade de cor amarelada, do que se deu o nome de “fruto de ouro”

    Mais recente o termo pomodoro foi preferido pelo pai da botânica o italiano, Andrea Mattioli (1501 - 1577). O botânico sienense no tratado “Medici Senensis Commentarii” introduz a denominação ouro, e o traduz literalmente para o italiano como “pomodoro”. Pomo = fruto e oro = ouro, pomo d’ oro. Os Napolitanos os chamam de “pummaroli”. Da etimologia francesa, o fruto era de nome “pomme d’ amour”. Esta expressão significa fruto do amor, expressão claramente afrodisíaca atribuída ao tomate.
E você, já comeu seu “fruto de ouro” hoje?
Até a próxima!
Professor Guilherme.


sexta-feira, 1 de março de 2013

TRABALHO PARA O SEXTO ANO

Este é um dever de casa.
Leia o texto a seguir, copie as perguntas no caderno e responda-as ( pode digitar e imprimir, se quiser ).

                          O SUPER-HERÓI         

       Naquela família só tinha super-herói. Avô herói, avó heroína. Pai herói, mãe heroína.  Tio herói, tia heroína. Primos e primas, todos  heróis. 
       Eram os Flash, famosos no mundo inteiro por ajudar os fracos, oprimidos, perdidos, sumidos.
       Eles freqüentavam desde cedo a escola de super-heróis.  Uma escola muito difícil, cheia de provas especiais de bravura. No dia da formatura, eles diziam numa solenidade muito bonita:
       – Flash! Flash!
       E saíam voando, poderosos, por aí. Tudo muito bonito. Tudo como devia ser no mundo dos heróis. Mas não era assim que pensava o Júnior, o último filho do senhor Flash King.
       Ele não queria ser herói. Queria ser gente comum, igualzinho a todo mundo que anda por aí de ônibus, de metrô, a pé. E falou para o pai dele:
       – Eu não quero ser herói. Quero freqüentar uma escola comum, viver uma vida comum. Não quero ser notícia do Jornal Nacional.
      Começou uma grande briga familiar:
      – Herói já nasce herói, Junior. Não tem escolha. Nasce feito!
      – Tem sim, meu pai. Basta eu não estudar para ser herói. Viro gente comum e pronto, está acabado!
      Essa briga durou horas, dias e até meses. Mas no fim, Júnior não entrou na escola de super-heróis.
      Houve uma grande reunião familiar e o Júnior, emocionado, renunciou aos seu direitos de ter superpoderes.
      O tempo passou. Muito tempo mesmo.
      Mas, outro dia, eu vi o Júnior, homem feito, vestido de branco, entrando num hospital, numa ambulância.          Depois eu soube que ele virou médico famoso e que já salvou muitas pessoas.
       Há várias formas de ser herói na vida comum.
                                              (Autor desconhecido)
Responda:

1. Sobre quem o texto está narrando? Fale sobre o personagem principal.
2. Explique por que houve uma discussão familiar na casa do personagem principal.
3. Mesmo não tido freqüentado a escola de super-heróis, Júnior pode ser considerado herói? Explique.
4. Para você, o que é ser herói na vida comum? Dê exemplos.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Alice "doidona" no País das Maravilhas!



De olho nos bastidores!



    O nome da personagem principal foi escolhido como uma homenagem à uma doce garotinha Alice Liddel, amiga do autor da historia, o inglês Lewis Carroll.
     E o livro nasceu quase na marra. Alice obriga-o a contar uma historia para ela . Após contar a história, que inventara na hora, Carroll foi convencido a colocar tudo no papel.

       Tá tudo azul para a lagarta que Alice encontra fumando num baita narguilé (imagem acima). A geringonça e o fato de o bicho falar lentamente, "viajando" e filosofando, são até hoje associados ao consumo de ópio. A droga, que atualmente é ilegal, tinha uso medicinal na época da publicação do livro, em 1865.
       O habitante mais alucinado do País das Maravilhas aparece e desaparece em vários momentos da trama, seja de corpo inteiro, seja mostrando apenas algumas partes, como o sorriso. Especula-se que o gato possa ter surgido das terríveis enxaquecas do autor Lewis Carroll, que relatou vários episódios de alucinação em seus diários.
         Alice topa com o Chapeleiro Maluco em um tradicional “chá das cinco” inglês. Na época em que a história foi escrita, muitos chapeleiros enlouqueciam de fato!  por causa da exposição ao mercúrio usado na confecção dos chapéus. Os sintomas eram tremores nos olhos e membros, fala confusa e alucinações. O personagem serviu até de inspiração para um inimigo do Batman.
       A Rainha de Copas é outra caricatura da sociedade da época, mais precisamente da rainha Vitória: apesar de sua importância no reino inglês, sua autoridade não valia nada diante do Parlamento e do primeiro-ministro. Do mesmo jeito, no País das Maravilhas o bordão "cortem a cabeça dele!", da Rainha de Copas, nunca é cumprido de fato.
       Tudo isso, entre outros detalhes, é uma mistura de metáforas e ilustrações perdidas em muitas “fumaças”.
Abraço!!!

Gênero Épico: literatura primeiro ano.

Narrativas épicas: Odisseia e Ilíada.


Duas epopeias que exemplificam a aula de Gêneros Literários. Clique e assista.
Abraço do professor Guilherme!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O que você sabe sobre Cinderela?



Contos macabros?

     Para entender os motivos dessas origens macabras, precisamos considerar o contexto em que a maioria dos nossos contos de fadas surgiram. Esses eram contos populares entre populações de pequenos vilarejos medievais onde hoje estão Alemanha e França. Nessas ocasiões, as histórias serviam tanto para educar as crianças – daí a “moral” incluída em cada história – quanto para distrair e entreter os adultos.

    O interessante é que Cinderela é uma das histórias com mais versões mundo afora, incluindo uma Cinderela chinesa de 850 d.C. (que tem um enorme peixe dourado como fada-madrinha), chamada Yeh-Hsien. Aliás, a versão mais antiga – a história de Rhodopis, praticamente idêntica à Cinderela moderna – foi escrita no século I a. C., por Stabo.
       A versão mais próxima da que conhecemos é de Charles Perrault, que incluiu a carruagem de abóbora e os sapatinhos de cristal. 
   Nas versões mais antigas da história, Cinderela não é tão boazinha assim. Na realidade, ela assassinava a sua primeira madrasta para que seu pai pudesse se casar com a empregada – que depois, viria a se tornar a “madrasta má”.
      Além disso, a história é mais violenta. Quando o príncipe chegava à casa de Cinderela para calçar o sapatinho nos moças, as irmãs malvadas mutilavam os próprios pés, cortando os dedos e os calcanhares, para tentar enganá-lo. Diante da falsidade delas, passarinhos entravam pela janela e bicavam seus olhos, até elas ficarem cegas. Credo!
      Depois publico mais curiosidades dos contos de fadas. Abraço!!!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

BONDE PESADÃO


♫ Não olha pro lado, quem tá passando é o bonde   Se ficar de caozada, a porrada come ♫ 

(MC Beyonce)




   Você pode não gostar dessa música. Postei aqui o trecho  porque aparece uma palavra muitíssimo usada pela galera do Rio: bonde. É o "bonde disso", é o "bonde daquilo", "formou o bonde", "maior bondão", e por aí vai. Sabemos que originalmente o bonde é um veículo sobre trilhos, correto? Mas sempre foi esse o nome? 
     Vamos fazer uma viagem histórica: A  palavra TRAMWAY  em  inglês  significa  "CAMINHO DO TRAM", e designa uma linha férrea urbana, onde os carris de ferro (trilhos) estão assentados na via pública (ruas). No Brasil,  inicialmente a  palavra Tramway designava todo o conjunto, a linha (trilhos) e o veículo.  Mais tarde  o  veiculo (Tram) passou a ser denominado DILIGÊNCIA POR TRILHOS DE FERRO;  Depois CARRIL DE FERRO. A  palavra  bonde  surgiu  em 1879,  sua  origem  se  deve ao fato de que na época a passagem do CARRIL DE FERRO custava  200 Reis,  mas  não  existiam moedas ou cédulas deste valor em circulação.  Em vista disso, a empresa  teve  a ideia de emitir pequenos cupons (bilhetes), em cartelas com cinco unidades, ao preço de um mil  reis,  cuja  cédula  circulava  em grande quantidade.   No bilhete vinha estampada a figura do carril sobreposta à palavra inglesa bond (obrigação, contrato exigível, título negociável) e foram  logo denominados pela população  como  Bonds. Os  bilhetes  também  eram  utilizados  como  troco, e podiam ser convertidos em moeda corrente nos escritórios da empresa, ou  ser utilizados em  futuras viagens.
       Agora sim, você já sabe o que é, originalmente, um "bonde pesadão"!!!!!!! 
       Grande abraço.
       Professor Guilherme.